Produtos baseados em reais necessidades são mais eficazes – IntoActions colabora com Stanford/MediaX

Palo Alto, 08.10.2014 – “Indústrias estão desenvolvendo produtos e serviços para resolver problemas que, muitas vezes, não são reais. Utilizar uma metodologia baseada nas necessidades e nos próprios problemas dos usuários pode auxiliar no desenvolvimento de soluções mais eficazes”, afirmou o alemão Reinhold Steinbeck, professor e pesquisador na área de Design Thinking, durante workshop voltado para tecnologias em segurança e saúde. Delegação catarinense em missão na Stanford University, na cidade de Palo Alto, Califórnia, participou da dinâmica que simulou o processo de criação de ideias para a resolução de problemas complexos.

Para Steinbeck, o Design Thinking, uma metodologia de inovação centrada no ser humano, pode ajudar na criação de soluções diversas e inovadoras. “A mudança de comportamento humano, o principal desafio do Instituto SESI de Inovação, será atingida quando as pessoas forem entendidas na sua essência, quando houver a real compreensão de suas necessidades físicas e emocionais”, explica o professor, acrescentando que as indústrias também podem utilizar a metodologia para melhorar a experiência de seus clientes, aprimorar processos internos, além de permitir interações com outras organizações e com o público alvo.

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Reinhold Steinbeck, professor e pesquisador na área de Design Thinking, conduz workshop sobre design thinking em segurança e saúde na Stanford (Fotos: MIriane Campos)

O Instituto SESI de Inovação em Tecnologias para Segurança e Saúde no Trabalho oferecerá para as indústrias um Laboratório de Design Thinking. “O espaço poderá ajudar no processo de criação, colaboração, comunicação e estímulo à criatividade, além de ser um espaço de pesquisa e prototipagem para aplicação de ferramentas e técnicas inovadoras. As indústrias poderão discutir, analisar e avaliar seus problemas e desafios corporativos, criando grupos de estudo e cocriação para explorar possíveis soluções”, avalia Steinbeck.

A delegação catarinense ainda visitou um Laboratório Virtual de Laparoscopia, que oferece recursos de aprendizagem capazes de estudar a anatomia humana em níveis detalhados e de forma sistêmica. As instalações atendem várias atividades dentro da medicina, incluindo o treinamento de alunos e pesquisadores em habilidades cirúrgicas, pesquisa, desenvolvimento e prática do uso do laboratório. O espaço faz parte do programa SIMdesign.

Na sequência, a delegação catarinense participou de uma discussão com o diretor do SIMdesign, Sakti Srivastava, que destacou a abordagem de aprendizagem centrada no aprendiz, suportada em estratégias de engajamento, simulação e experiências imersivas adequadas e acessíveis para profissionais de saúde e seus pacientes. Durante o encontro houve debate a respeito da possibilidade de se fazer transferência tecnológica e de conhecimento para a realidade da indústria brasileira como processo de aprendizagem e capacitação dos trabalhadores.

Nos próximos dias, os integrantes da missão continuam as atividades em workshops voltados para desenvolvimento de tecnologias em segurança e saúde e discutem o modelo de negócio do Instituto SESI de Inovação em Tecnologias para Segurança e Saúde no Trabalho.

Por Miriane Campos, Assessoria de Imprensa da FIESC